sábado, 13 de julho de 2013

A desigualdade social: entrave para o pleno desenvolvimento brasileiro

Apesar de o Brasil crescer economicamente na última década - tornando-se a sexta maior economia do planeta - e diminuir os índices de desigualdade social, ainda continua sendo um dos quinze países mais desiguais do mundo, o que trava qualquer tentativa de pleno desenvolvimento. Dentre outras razões, o maior problema para a discrepância socioeconômica no país é o "câncer" da corrupção instalada nas mais diversas instituições.
Desde sempre o Brasil viveu num patamar de destaque mundial nos quesitos desigualdade social e corrupção, deixando boa parte de seus "filhos" sem acesso qualitativo à educação e saúde, por exemplo, acarretando posições mundiais tristes. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o 85º e menor (0,730) que a média da América Latina, que é de 0,741; a educação ficou em penúltimo lugar num estudo que mede as habilidades cognitivas dos alunos e o sistema de aprendizado; o valor que se gasta para realizar uma obra no Brasil dá para fazer outras tantas em países sérios, a exemplo da Copa do Mundo de 2014, que custará mais que a soma das últimas três. É por essas e outras que em certa ocasião o general francês Charles De Gaulle, quando presidente da França, disse que o Brasil não é um país sério.
Dados e situações como essas levam a uma constatação: o direito à igualdade entre os brasileiros não é uma realidade vivenciada, já que o crescimento econômico não contempla também áreas de extrema importância para qualquer sociedade, como educação e saúde de qualidade. É bem verdade que houve uma melhora significativa no quesito distribuição de renda - a classe média aumentou, enquanto a classe mais baixa considerada miserável diminuiu desde o governo Lula -, mas é algo extremamente paliativo, visto que esses dados foram conseguidos com "esmolas" distribuídas e não dão plena cidadania ao indivíduo "beneficiado", que deve viver do seu labor. Nesse contexto, Dimenstein, em seu livro Cidadão de Papel, diz que a cidadania brasileira é aparente e a denomina de "cidadania de papel".
O Brasil já passou por várias epidemias, mas a maior e mais ferrenha inimiga de seu desenvolvimento pleno é a corrupção. É imperativo que toda a sociedade brasileira de forma democrática e participativa saia do estado de letargia em que se encontra - o que vem fazendo através das últimas manifestações - e lute, através de discussões no Congresso, no judiciário, nas universidades e nas Câmaras legislativas espalhadas pelo país, por serviços públicos de qualidade e cidadania plena para todos de forma indistinta, como também por leis que punam de forma exemplar aqueles que incorrerem no crime de leso à pátria.

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