sexta-feira, 12 de julho de 2013

A busca por respeito às minorias sociais

As minorias sociais, sejam numéricas ou subalternas, ao longo da história sempre enfrentaram barreiras na livre expressão cultural de seus anseios, opiniões ou ideias. Desde as mulheres, passando pelos judeus até os  homossexuais, por exemplo, o machismo, o fundamentalismo e a homofobia formam meios utilizados pelas maiorias sociais para desqualificar ou decepar movimentos e lutas encampadas por esses injustiçados historicamente. No século XXI isso não mais é aceitável, como também deve ser banido das relações humanas.
Na busca pelo desenvolvimento humano, o respeito e a interação são os caminhos mais sensatos, e avanços nas jurisdições, a exemplo da Lei Maria da Penha - de 2006 - e da retirada do homossexualismo de uma lista internacional de doenças, em 1990, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), são avanços que a humanidade vem conseguindo. Assim, devemos buscar não a igualdade entre os diferentes, mas o respeito e a harmonia entre as diferenças, afinal elas são necessárias à criatividade e à vida e precisam estar harmonizadas para existir. Nesse contexto, Confúcio invocava a analogia da música para explicar a vida em sociedade, afirmando que as notas são diferentes, mas numa composição harmoniosa, regida por uma melodia equilibrada, forma uma bela música.
Na sociedade contemporânea a busca por respeito às minorias sociais parece ganhar espaço cada vez maior com as mobilizações ocorridas ao redor do planeta, a exemplo das várias paradas gays, das cotas que beneficiam pessoas de origem negra no ingresso à educação superior no Brasil, das manifestações democráticas ocorridas em prol dos menos favorecidos sociocultural e economicamente, como nos países árabes e ultimamente no Brasil. A humanidade parece estar em processo de (re)construção quando começa a despertar a ideia de que o "difícil" não vive sem o "fácil", o "alto" não sobrevive sem o "baixo" nem o "som" sem o "silêncio". Sem as diferenças, a raça humana implica em uma estagnação eterna na busca pela evolução.
De forma equilibrada, mas firme, as autoridades constituídas, desde as políticas até as educacionais, porque são elas a parte "esclarecida" de uma sociedade, devem buscar, como vêm buscando, sempre de forma discutida e participativa, a implantação de leis que condenem qualquer ato de discriminação seja de que natureza for. Além disso, o trabalho de conscientização pelo respeito a todos de forma indistinta deve ser desenvolvido desde a base, seja família ou na escola, pelos educadores e pais.

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